Nova cola permite fechar grandes extensões de pele
Uma nova cola para fechamento da pele pode ser usada em grandes incisões nas cirurgias plásticas, ao contrário de produtos similares, graças a uma tela auto-adesiva de poliéster, que suporta a tensão da pele.
Disponível desde novembro no Brasil , a cola Prineo é aplicada sobre a pele após a sutura profunda subcutânea para estancar o sangramento e facilitar a colocação da tela. Sobre ela, o cirurgião passa uma nova camada de cola, que tem ação antibacteriana e termina de selar a pele.
“A cola permite uma aproximação mais rápida porque elimina o ponto externo, mas a sutura interna tem que ser bem feita para o Prineo fazer somente a última selada”, afirma José Tariki, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Seu uso permite reduzir o tempo de sutura, diminuindo, conseqüentemente, o tempo da cirurgia.
Ao contrário da sutura com fio cirúrgico, mas a exemplo de como agem outras colas, o produto dispensa curativos. A tela cai sozinha cerca de 15 dias após a cirurgia e o paciente pode molhar o curativo no mesmo dia da cirurgia.
Para Gustavo Gibin Duarte, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a desvantagem do novo produto é o custo mais elevado. “A idéia é boa, mas é preciso estudar o custo-benefício para cada cirurgia”, afirma o médico.
Segundo o cirurgião plástico Ricardo Tonetti, consultor da Jonhson & Jonhson, o novo material aumenta o valor de uma cirurgia no abdômen em torno de R$ 500,00, em comparação com o método de fechamento tradicional, por pontos.
Na opinião do médico, a cola poderá ser usada também, no futuro, por outras especialidades cirúrgicas, como a obstetrícia, em cesáreas.
Fonte: Folha de São Paulo
matéria selecionada pela Dra Glayse Favarin
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