Beleza Corpo e Rosto
Novas técnicas da cirurgia plástica
Texto Shâmia Salem e Giuliana Cury / Fotos Ari Rossner
Lipo mais segura
A nova cânula descartável vem com uma promessa e tanto: eliminar o risco de contaminação por bactérias durante a cirurgia, pois as danadas dificultam a cicatrização, podem causar depressões na pele e exigem tratamento com infectologista. “A cânula tradicional, feita de ferro, pode armazenar resíduos mesmo após esterilizada”, explica o cirurgião plástico e inventor da novidade, Ewaldo Bolívar, de Santos (SP). “Isso favorece a proliferação de microorganismos, que acabam sendo injetados no corpo junto com a gordura numa lipoenxertia.” E é preciso mesmo ter cuidado: entre 2000 e 2008 foram registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mais de 2 mil casos de infecção por bactérias em cirurgias invasivas. Outra vantagem é o fato de ele ser menos rígido, por ser feito de aço inox revestido de silicone. “Com isso as chances de romper vasos, causar hematomas e perfurar órgãos é menor”, acrescenta o médico, presidente da comissão de ciência e segurança de cirurgia plástica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). A cânula descartável está em fase final de aprovação pela Anvisa.
Fonte Revista Nova Cosmopolitan
Comentário Belvivere- Embora não seja uma publicação científica, esta matéria desperta atenção por abordar um tema de grande interesse para qualquer candidato à cirurgia, o risco de infecção. Embora rara em cirurgias de lipoaspiração a assepsia incorreta das cânulas, pode realmente ser um risco real de contaminação. Atualmente, além da limpeza normal que deve ser feita em qualquer instrumental cirúrgico, as cânulas devem ser submetidas à um tipo de limpeza chamada "lavagem ultrassônica", para garantir que não hajam restos de tecido no interior da cânula e que ela esteja livre de qualquer tipo de contaminação; a outra opção é o uso de cânulas descartáveis que são utilizadas uma única vez. A ruptura de vasos e aparecimento de hematomas, assim como o risco de possíveis perfurações, não depende do instrumental, mas sim da técnica e da habilidade (ou falta dela) de cada cirurgião.
Dr Eduardo Favarin
Membro Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
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