Acabar com o excesso de peso nem sempre se resume a reduzir
porções de comida e fazer exercícios. Desequilíbrios relativamente frequentes
podem boicotar o sonho de uma barriga chapada. Por isso, conheça questões
cruciais de saúde que você deve discutir com seu médico ao ingressar em um
programa de emagrecimento.
A
receita para emagrecer parece simples. Em regra, ingerir menos calorias do que
se gasta seria o suficiente para exterminar as dobrinhas indesejadas. Mas o
organismo, em sua complexidade, necessita de equilíbrio em uma gama de
hormônios e mecanismos fisiológicos para que o gasto energético se dê de
maneira eficiente. E qualquer alteração nesse sistema pode, sim, empacar o
objetivo de enxugar a cintura.
Pensando
nesse impasse, a Sociedade Americana dos Médicos Bariátricos acaba de divulgar
um alerta com questões que devem ser discutidas com um especialista na hora de
traçar uma estratégia para afinar a silhueta.
É
claro que a investigação desses pontos-chave ficará a critério do médico, com
base na análise do seu histórico. Em caso de suspeita, muitas vezes ele poderá
lançar mão de exames de sangue ou até de imagem. Mulheres obesas e com casos de
doença de tireoide na família, por exemplo, são mais propensas a distúrbios
hormonais. Por isso devem ter suas taxas avaliadas e, se necessário, se
submeter a um ultrassom da glândula. Já aos pacientes diabéticos que não
costumam se expor ao sol, podemos solicitar a dosagem de vitamina D, envolvida
no controle dos níveis de açúcar no sangue.
Tenha
em mente que esses pequenos desajustes são obstáculos na batalha contra o
sobrepeso. E resolvê-los pode acelerar à beça a conquista de um novo corpo.
SERÁ QUE ESTOU PRONTO
PARA UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS REALMENTE EFICAZ PARA QUEIMAR CALORIAS?
Para
ingressar na atividade física, não basta levantar do sofá e se matar de correr
na esteira. O sobrepeso acarreta problemas que precisam ser levados em conta
antes do início do treino. O indivíduo obeso deve passar por uma consulta
médica que identifique lesões ortopédicas — principalmente artrose nos joelhos
e quadris —, hipertensão e outras doenças cardiovasculares.
Outra
precaução importante é uma análise postural, realizada por um fisioterapeuta ou
educador físico. A obesidade modifica o centro de gravidade do corpo,
acarretando encurtamentos musculares, dores e sobrecarga nas articulações.
Só
então, com base nas eventuais limitações diagnosticadas, os especialistas
definem o treinamento mais adequado, com adaptações seguras que favoreçam pra
valer o gasto calórico. Com o coração em ordem e os músculos devidamente
alongados, fortalecidos e protegidos, a meta é aumentar a intensidade do
exercício aos poucos, até atingir, pelo menos, 30 minutos diários de uma
caminhada rápida, por exemplo.
ATÉ QUE PONTO MINHA
TIREOIDE PODE ATRAPALHAR A DIETA?
Localizada
no pescoço, essa glândula controla, por meio de seus hormônios — tiroxina (T4)
e tri-iodotironina (T3) —, o ritmo de funcionamento do corpo todo. Em níveis
adequados, o T3 e o T4 induzem a queima de gordura nos adipócitos, células que
armazenam essas partículas.
Mas
há casos em que a tireoide fica preguiçosa e o metabolismo trabalha
vagarosamente.Trata-se do hipotireoidismo, doença que costuma ser provocada por
um ataque do sistema imunológico contra a glândula. Dessa forma, é necessário
apelar para o uso de hormônio sintético.
Aí,
o melhor é cuidar da tireoide para ela não pifar de vez. Dormir bem, combater o
estresse e o cigarro preservam a glândula. E o mais importante: manter o sal,
mesmo que em doses comedidas, na alimentação. Ele contém iodo, indispensável
para a fabricação dos hormônios. Por fim, fuja das dietas muito restritivas.
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