segunda-feira, 11 de junho de 2012

Para emagrecer mais rápido

Acabar com o excesso de peso nem sempre se resume a reduzir porções de comida e fazer exercícios. Desequilíbrios relativamente frequentes podem boicotar o sonho de uma barriga chapada. Por isso, conheça questões cruciais de saúde que você deve discutir com seu médico ao ingressar em um programa de emagrecimento.


A receita para emagrecer parece simples. Em regra, ingerir menos calorias do que se gasta seria o suficiente para exterminar as dobrinhas indesejadas. Mas o organismo, em sua complexidade, necessita de equilíbrio em uma gama de hormônios e mecanismos fisiológicos para que o gasto energético se dê de maneira eficiente. E qualquer alteração nesse sistema pode, sim, empacar o objetivo de enxugar a cintura.
Pensando nesse impasse, a Sociedade Americana dos Médicos Bariátricos acaba de divulgar um alerta com questões que devem ser discutidas com um especialista na hora de traçar uma estratégia para afinar a silhueta.
É claro que a investigação desses pontos-chave ficará a critério do médico, com base na análise do seu histórico. Em caso de suspeita, muitas vezes ele poderá lançar mão de exames de sangue ou até de imagem. Mulheres obesas e com casos de doença de tireoide na família, por exemplo, são mais propensas a distúrbios hormonais. Por isso devem ter suas taxas avaliadas e, se necessário, se submeter a um ultrassom da glândula. Já aos pacientes diabéticos que não costumam se expor ao sol, podemos solicitar a dosagem de vitamina D, envolvida no controle dos níveis de açúcar no sangue.
Tenha em mente que esses pequenos desajustes são obstáculos na batalha contra o sobrepeso. E resolvê-los pode acelerar à beça a conquista de um novo corpo.


SERÁ QUE ESTOU PRONTO PARA UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS REALMENTE EFICAZ PARA QUEIMAR CALORIAS?

Para ingressar na atividade física, não basta levantar do sofá e se matar de correr na esteira. O sobrepeso acarreta problemas que precisam ser levados em conta antes do início do treino. O indivíduo obeso deve passar por uma consulta médica que identifique lesões ortopédicas — principalmente artrose nos joelhos e quadris —, hipertensão e outras doenças cardiovasculares.
Outra precaução importante é uma análise postural, realizada por um fisioterapeuta ou educador físico. A obesidade modifica o centro de gravidade do corpo, acarretando encurtamentos musculares, dores e sobrecarga nas articulações.
Só então, com base nas eventuais limitações diagnosticadas, os especialistas definem o treinamento mais adequado, com adaptações seguras que favoreçam pra valer o gasto calórico. Com o coração em ordem e os músculos devidamente alongados, fortalecidos e protegidos, a meta é aumentar a intensidade do exercício aos poucos, até atingir, pelo menos, 30 minutos diários de uma caminhada rápida, por exemplo.

ATÉ QUE PONTO MINHA TIREOIDE PODE ATRAPALHAR A DIETA?

Localizada no pescoço, essa glândula controla, por meio de seus hormônios — tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3) —, o ritmo de funcionamento do corpo todo. Em níveis adequados, o T3 e o T4 induzem a queima de gordura nos adipócitos, células que armazenam essas partículas.
Mas há casos em que a tireoide fica preguiçosa e o metabolismo trabalha vagarosamente.Trata-se do hipotireoidismo, doença que costuma ser provocada por um ataque do sistema imunológico contra a glândula. Dessa forma, é necessário apelar para o uso de hormônio sintético.
Aí, o melhor é cuidar da tireoide para ela não pifar de vez. Dormir bem, combater o estresse e o cigarro preservam a glândula. E o mais importante: manter o sal, mesmo que em doses comedidas, na alimentação. Ele contém iodo, indispensável para a fabricação dos hormônios. Por fim, fuja das dietas muito restritivas.

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