segunda-feira, 30 de abril de 2012

Como escolher o tamanho certo da prótese de silicone?





Turbinar os seios virou moda. O problema é que extrapolar no tamanho da prótese pode trazer prejuízos às siliconadas, como estrias, flacidez e aparência artificial. 
E como saber qual é o tamanho ideal? O cirurgião plástico Eduardo Favarin, diretor da Clinica Belvivere, dá as dicas.

É determinado com a ajuda de um médico seguindo três detalhes: desejo pessoal, possibilidade técnica e bom senso. Por exemplo, por mais que a paciente queira ostentar um decote para lá de generoso, quanto menor é sua mama mais distante está desse sonho.

“A pele da região limita o tamanho da prótese. Se tem pouco espaço e tenta criar mais, há a chance de a prótese entrar de forma errada, com dobras, e ficar artificial. A pele não suporta estiramento tão grande e rápido e o resultado são estrias, dores. Para ter problemas na coluna, o volume tem de ser muito grande.” 

Também é importante levar em consideração a altura. As baixas com muito seio podem parecer gordinhas, segundo o médico. Já as altas contam com a possibilidade de próteses maiores, mas quando houver a quantidade necessária de pele no local.
O bom senso está relacionado em ter em mente a harmonia do corpo e a consciência de que o que gosta hoje pode não lhe agradar anos depois. 

E se o modismo das próximas décadas for seios bem pequenos? Ou terá de ficar de fora da tendência ou acabará se submetendo a cicatrizes mais visíveis por conta da plástica para reestruturar a mama.

“Quando o volume é menor, dependendo da idade da paciente e da qualidade da sua pele, pode retirar a prótese e volta ao normal.”  Melhor pensar bem, não?

Tipos de Perfil da Prótese de Silicone



Baixo: esses tipos de próteses de silicone possuem uma base mais larga e são mais baixas, sendo, portanto mais indicadas quando se deseja uma maior projeção do colo mamário e pouca projeção para frente. São pouco utilizadas na prática.




Alto: essas próteses de silicone possuem uma base menor e são mais altas, sendo, portanto melhor indicadas quando se deseja maior projeção dos seios para frente sem tanta necessidade de preenchimento do colo mamário. As próteses de silicone de perfil alto são as mais requisitadas pela maioria das pacientes.

Duas próteses de silicone podem ter o mesmo tamanho (volume), mas podem ter perfis diferentes, portanto quando se diz:

“Doutor, minha amiga colocou tal tamanho de prótese de silicone na mama e eu adorei”, é importante que a paciente saiba também qual foi o perfil da prótese de mama utilizada e qual a marca da prótese de silicone, pois existe uma diferença significativa entre uma prótese de silicone de 300 ml de perfil baixo para uma prótese de silicone de 300 ml de perfil alto, assim como existem diferenças de dimensões entre uma marca e outra de prótese de silicone. Para que você tenha uma noção melhor, basta imaginar uma lata de atum e uma lata de cerveja. “Ambas possuem 300 ml, porém uma é mais alta e estreita enquanto a outra é mais baixa e larga.”



Diferença entre prótese de silicone de perfil baixo e alto




Perfil anatômico: essas próteses de silicone têm um perfil “em gota” e são indicadas para aquelas pacientes que têm mamas com formas e contornos estéticos e se deseja um aumento proporcional das mesmas. Possui projeção frontal menor que as proteses de silicone de perfil alto.

Cirurgia

A prótese é colocada por meio de um corte na aréola, na axila ou no sulco mamário. Segundo Favarin, as cicatrizes são praticamente imperceptíveis. Depois da cirurgia, é importante não levantar os braços acima dos ombros e nem pegar peso por 15 dias. Os hematomas costumam sumir dentro desse período.

Vale ressaltar que o silicone não é definitivo. Trocas são necessárias e o intervalo entre elas depende da reação de cada organismo. Pode ser de cinco, dez, 15 ou mais anos. Os indícios mais comuns de que chegou o momento de uma nova plástica são endurecimento progressivo e incômodo. “Toda mulher com prótese tem de fazer acompanhamento com um médico uma vez por ano, geralmente com um ginecologista.”

Essa opção para conquistar os seios que almeja não é indicada para pessoas com doenças crônicas ou agudas graves sem controle, como diabetes e pressão alta, sem condição psicológica de entender as consequências de uma cirurgia e com caso de rejeição ao material.

Mesmo quem opta por implantes adequados ao seu corpo tem chances de apresentar alguns dos inconvenientes listados para as exageradas, mas é menos comum.

Endurecimento das mamas siliconadas pode ser sinal de contratura capsular:

Edirlane Mariotto, de 50 anos, colocou silicone nos seios em 2003 e, cinco anos depois, notou que as mamas estavam um pouco caídas. “Em uma delas, sentia um leve degrauzinho na parte mais alta do seio.”.

Exames de rotina e complementares detectaram extravasamento da prótese em dois pontos da mama esquerda. O cirurgião plástico indicou a sua troca e diagnosticou uma contratura capsular, problema que acontece com certa frequência e não tem como ser evitado, porque depende de como cada organismo age.

De acordo com o cirurgião plástico Eduardo Favarin, o corpo forma em volta do silicone uma cápsula para se proteger. A contratura ocorre quando essa cápsula fica tão densa a ponto de, ao apertar, causar dor, deslocar, romper e endurecer os seios.

“Antigamente, a prótese era de superfície lisa e tinha complicações em cerca de 50% dos casos. Hoje, ocorre em 10% de quem aposta na texturizada”.

No grau dois (mama pouco endurecida e sem dor) e no três (mama endurecida), o médico pode indicar o uso de medicamentos. Mas, normalmente, o quadro evolui para o nível quatro (mama endurecida, dor, dobras na pele e deslocamento da prótese) após algum tempo, quando a troca de prótese é indispensável.

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