quarta-feira, 22 de junho de 2011

Minilipo significa minirresultado e maxirrisco


Publicado por Marcos Vinhal Campos em 27 de abril, 2007

Minilipo significa minirresultado e maxirrisco, alerta cirurgião plástico. Promessas de resultados rápidos com menor investimento expõem pacientes a um risco desnecessário.

Nos últimos anos, a lipoaspiração vem ocupando o primeiro lugar entre os procedimentos cirúrgicos mais requisitados pelo público feminino. Atraídas pelo grande potencial de mercado, se multiplicaram as clínicas que oferecem alternativas para viabilizar um número maior de procedimentos, aumentando também os riscos para as pacientes.

“A minilipo representa um minirresultado e um maxirrisco aos pacientes, que normalmente não são orientados quanto às implicações desse tipo de procedimento”, diz o doutor Fabrício Torres, cirurgião plástico e membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

O Dr. Fabrício Torres alerta para o fato de que “muitos procedimentos vêm sendo realizados por profissionais sem titulação exigida pelo Conselho Federal de Medicina,

em clínicas que não dispõem de centros cirúrgicos, nem de anestesista, e muito menos que oferecem o grau de assepsia exigido em toda cirurgia, expondo criminosamente o paciente a um risco desnecessário”.

Na opinião do cirurgião plástico, a maioria das mulheres e homens que recorrem à minilipo desconhecem os riscos de se submeter a uma lipoaspiração de pequenos volumes, em consultórios ou clínicas particulares e sob anestesia local. “Primeiramente, a lipoaspiração deve ser encarada com a seriedade de um procedimento cirúrgico. Sendo assim, jamais pode ser realizada fora de um centro cirúrgico, já que isso é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina”.

O segundo ponto crítico apontado pelo cirurgião é a anestesia utilizada. “Os anestésicos locais são extremamente tóxicos à musculatura miocárdica e ao sistema nervoso central quando ultrapassada sua dosagem tóxica. Portanto, fazer uma lipoaspiração com anestesia local é extremamente perigoso”.

A questão da cicatrização é o terceiro ponto evidenciado pelo cirurgião. “Mesmo em uma área restrita, existe um processo de cicatrização que pode levar alguns meses para estar completo. Assim, não há como retirar gordura repetidamente da mesma área. Ou seja, até atingir um resultado completamente satisfatório, a paciente deverá se submeter a vários procedimentos que só fazem aumentar os riscos de complicações”, adverte o Dr. Torres.

No Brasil, a lipoaspiração ocupa o primeiro lugar entre os procedimentos cirúrgicos mais procurados pelo público feminino, representando um terço do total de cirurgias plásticas realizadas. Nos Estados Unidos, a situação é bastante parecida, ocorrendo mais de 320 mil lipoaspirações ao ano.

“Cirurgiões plásticos de toda parte do mundo vêm ao Brasil freqüentemente para fazer estágios e cursos de aperfeiçoamento, em virtude do grau de excelência da cirurgia plástica brasileira. Ainda assim, toda pessoa interessada em se submeter a um procedimento cirúrgico deve, antes, buscar referências junto à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e ter sempre em mente de que a cirurgia plástica pode modelar o corpo, mas não a vida”, diz o especialista.

Fonte: Dr. Fabrício Torres, cirurgião plástico, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)

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